Penas espalhadas
Escrevi-te mil cartas, na minha cabeça
Mil poemas em mil penadas sem pressa.
E de todas as vezes em que te penso,
Vejo o resto deste universo imenso
Perfeitamente transparente de interesse.
A água baça nos mesmos riachos de sempre,
O vento solto por entre silhuetas de gente
Que só eu sei não serem de ninguém..
Sonhei-te mil vezes e mil vezes fomos um,
Estendido a meio caminho na distância
Onde ainda te sonho mil vezes pronta,
E onde perder-me no tempo sem conta
É perder tempo nenhum.
Só conhece o mar quem já naufragou
Entre as sobras da vida e o que dela se gastou
No tempo passado à procura de alguém..
Há penas espalhadas pela alma dorida
De mil asas nascidas, mil vezes caídas.
Mil poemas em mil penadas sem pressa.
E de todas as vezes em que te penso,
Vejo o resto deste universo imenso
Perfeitamente transparente de interesse.
A água baça nos mesmos riachos de sempre,
O vento solto por entre silhuetas de gente
Que só eu sei não serem de ninguém..
Sonhei-te mil vezes e mil vezes fomos um,
Estendido a meio caminho na distância
Onde ainda te sonho mil vezes pronta,
E onde perder-me no tempo sem conta
É perder tempo nenhum.
Só conhece o mar quem já naufragou
Entre as sobras da vida e o que dela se gastou
No tempo passado à procura de alguém..
Há penas espalhadas pela alma dorida
De mil asas nascidas, mil vezes caídas.
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